Neste Dia Mundial da Adoção, meu incentivo a este ato de amor incondicional: de acolher, de aproximar e de ser uma família. São milhares de crianças e adolescentes que aguardam por um lar, e com a pandemia este número só aumenta.
Como se não bastassem os problemas de saúde e educação, um dos reflexos na área social causado pela Covid-19 é a queda da adoção. De acordo com matéria publicada pelo jornal Extra em março deste ano, com informações do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2020 houve redução de 26,4% na concessão de sentenças, no comparativo com 2019: uma queda de 3.013 para 2.216 decisões. Dados do Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA), do Conselho de Justiça, indicam que mais de 30 mil crianças e adolescentes estão em situação de acolhimento em todo o País. Desse total, mais de 4 mil estão aptas para serem adotadas. Mas quanto mais o tempo passa, eles crescem e menor ainda a chance da adoção.
As causas são diversas: desemprego, doença, aumento de divórcios, entre outros casos que ocorrem e impactam negativamente na esperança desses jovens. Em Praia Grande, o bem-estar e o estímulo à adoção de crianças e jovens sempre foi uma premissa em meus governos. A Administração Municipal sempre trabalhou em parceria com o Ministério Público Estadual no acolhimento deles.
Construímos 5 unidades de acolhimento com capacidade para cerca de 100 pessoas, mantendo juntas as crianças da mesma família, independentemente da idade. Essas unidades têm formato de residências, aproximando-se o máximo possível de um lar, possibilitando a participação deles em tarefas familiares de rotina, como organizar seus brinquedos. Todos frequentam a escola e têm acompanhamento médico e psicoterapêutico, quando necessário, por meio da rede de atendimento do município.
O programa Apadrinhamento Afetivo, implantado há quase 10 anos na cidade, também é uma oportunidade para os que estão aguardando a adoção terem vínculos afetivos e experiências familiares.
Alberto Mourão